Já começou a montagem da planta de silos que servirá para armazenar quinoa, o novo cultivo de cereal que a empresa Alsur introduziu na Europa.
A quinua ou quinoa é um pseudocereal pertencente a família dos espinafres, cuja demanda triplicou no último ano. Seu sabor agradável, a qualidade de suas proteínas e seu alto valor nutritivo puseram de moda este cereal infravalorado faz tão somente uma década. O elevado conteúdo em cálcio, ferro e aminoácidos essenciais, como a lisina, a histidina e a arginina, que supera a qualquer outro cereal, fizeram com que a FAO declarasse 2013 como o “Ano Internacional da Quinoa”.
Os países que concentram a produção mundial deste alimento que originariamente consumiam os incas são Perú e Bolívia, que agora apenas podem seguir consumindo-o porque têm 90% da produção destinada à exportação.
A crescente demanda que está desbordando aos principais produtores, assim como as múltiplas propriedades da quinoa, ao ser considerado um “superalimento”, motivaram a empresa española Alsur a introduzir na Europa o cultivo deste pseudocereal e a construir a primeira planta de quinoa do continente.
Alsur já leva dois anos realizando provas em terras malaguenhas e o resultado parece ser muito frutífero. Segundo declaram desde a empresa “O cultivo de quinoa se adapta perfeitamente às condições de temperatura e as chuvas são ideais. Pelo clima Perú ou Bolívia sofrem problemas com pragas de insetos e de fungos, porém, aqui na Espanha, pelo clima mais seco e quente é perfeito para cultivar o produto”.
A produção de quinoa da nova fábrica de Alsur en Antequera, Málaga, rondará os 6 milhões de kilogramos que se exportarão aos principais países consumidores como EEUU, China, Japão, Canadá, Austrália e Europa.
Porém não será até o mês de junho quando se colha a quinoa e a planta abra suas portas, que constará de 1.500 metros quadrados ocupados em parte por um processo mecanizado realizado por Silos Córdoba, que inclui:
- 4 silos 10.70/13 45º
- 2 silos 6.11/10 45º
- Maquinaria de carga e de descarga a 60 t/h.
Deste modo, do campo a quinoa passará às moegas de recepão para proceder a sua limpeza (eliminar impurezas, calibrar, assim como passar por um detector de cor para que todos os grãos sejam homogêneos), e posteriormente ser secados seus granos para eliminar a umidade (até alcanzar 12 por cento). O último passo levará o pseudocereal aos seis silos da fábrica para ser armazenado até que seja vendido.
As possibilidades da quinoa na mesa são infinitas. Uma receita básica é utilizá-la para substituir o arroz ou as massas, cozinhando o grão até que fique macio.
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